domingo, 10 de outubro de 2010

ENQUANTO ISSO, NA SALA DE JUSTIÇA...

É incrível como as pessoas se deixam influenciar pela mídia. A máxima “se não conheço, então não existe” persiste na maioria das pessoas. Todo mundo fala do Lula, da Dilma, do Zé Dirceu, então vou denunciar outras coisas por aqui.
Vamos falar o que ninguém fala do Beto: O nosso ex-prefeito, agora governador eleito, realizou grandes manobras da mídia. Pediu e foi atendido na censura das pesquisas eleitorais que diziam que ele estava perdendo terreno para o Osmar. O interessante é que ele deveria censurar as que ele estava na frente, afinal, utilizam os mesmos instrumentos. Como o Estado necessitava de uma pesquisa “onde ele estaria na frente”, ele encomendou a um instituto de pesquisa cujo dono é um dos coordenadores de campanha dele. A pesquisa foi realizada em Francisco Beltrão e, para “surpresa” de todos, dizia que no Paraná, o Beto estaria 7 pontos na frente.
Mas a censura não pára por aí. O blogueiro Esmael Morais foi multado em 600 mil reais por colocar as promessas do ex-prefeito ao lado de uma lista da situação das mesmas na cidade, além das denúncias que seguem.
Outra manobra interessante foi acusar professores do Estado de Apucarana de “laranjas podres”. Baixou espírito de Requião no Beto. Gritou com eles apenas porque os docentes estavam fazendo campanha para o Osmar. Se essa lógica for seguida, boa parte dos professores que não apoiaram o Beto são “laranjas podres”.
E ninguém fala da decisão do TSE multando a Fernanda Richa por desviar cobertores da Fundação de Ação Social (FAS) para compra de votos. O processo correu em “sigilo judicial” e ela recorreu da decisão. Esse exemplo vem de família, pois Marcello Richa, filho do casal, não conseguiu se formar em Direito na Universidade Positivo porque o professor de TCC dele descobriu que sua monografia foi clonada de outra da Universidade Federal da Bahia. Reprovou o menino e a formatura se deu sem a presença dele. Mais engraçado era a cara do Beto na formatura que era para ser de seu filho. Gustavo Fruet também não sabia onde colocar a cara (nome de turma e paraninfo, respectivamente).
E a família Richa agora move um processo contra a Universidade Positivo, porque “foi perseguição do professor”, afinal plágio não é uma coisa tão ruim assim.
E Beto ajudou a reeleger Nelson Justus, presidente da Assembléia, acusado de ocultar os atos secretos daquela casa legislativa. Foi um fato recente, mas ninguém deu bola.
Contudo, a campanha do tucano foi pautada sobre “suas” realizações na prefeitura. Alguém se lembra de uma grande obra de Beto? Ok. A Linha Verde, essa maravilha da engenharia que tem 20 semáforos no cruzamento da Marechal, sem nenhuma trincheira ou viaduto. Na verdade, Beto foi o executor da obra, planejada na gestão do Cássio Taniguchi. A maior parte da verba veio do Governo Federal provinda do PAC (agora entendo porque algumas obras do PAC não dão certo).
Inclusive, boa parte das obras do Beto vieram dos programas do Governo Federal. As casas construídas foram pagas com a verba do “Minha casa, minha vida” que é projeto da Dilma (e não do Lula). Alguém lembra do Beto Richa como Deputado? O pior é que ninguém lembra de um email que fala sobre “candidatos fichas sujas” na internet na época da sua legislatura. Ainda no PTB, votou a favor da privatização da COPEL, foi defensor da privatização do Banestado. Entretanto, é um dos que ajudou FHC a criar os programas como “Vale Gás”, “Bolsa Escola”, “Vale Luz” (que todo mundo ataca como projeto do Lula), juntamente com José Serra enquanto Ministro do Planejamento da primeira gestão do FHC. Uma das grandes ações de Beto foi a defesa da criação do pedágio nas rodovias paranaenses
Beto Richa, já no PSDB, foi vice-prefeito de Cássio Taniguchi. É dele a lei que aumentou 800% o IPTU, o ISS e a taxa do lixo. Enquanto prefeito eleito, foi denunciado por comprar a candidatura de 28 dos 55 candidatos a deputado do PRTB. A notícia até saiu no Fantástico.
Na Educação, o governo federal criou uma lei para que todos os Estados e municípios deveriam fazer as Conferências da Educação, onde os professores se reuniriam com o poder público para planejar as ações em suas jurisdições. Curitiba foi a única cidade que não a realizou. A Secretária Eleonora Fruet já veio com esse planejamento pronto “criado pelos melhores especialistas da área” e a impôs nas escolas e creches municipais. Criaram uma lei que diz que a Secretaria Municipal de Educação pode ir contra a Lei Federal. Muito democrático...
Com o objetivo de aumentar o tempo das crianças na escola, ele aumentou o turno para 4,5 horas. Sem contratar mais professores e funcionários, os educadores devem cumprir 50 horas e receberem por 40 horas. É o sonho de qualquer professor: trabalhar de graça por amor aos alunos...
No final do ano, os professores devem treinar seus alunos com questões do IDEB (um cursinho como existem nas faculdades particulares). Com isso, a nota do IDEB de Curitiba se tornou alta, sem no entanto aumentar a qualidade da educação. Isso fez Curitiba ter a “melhor educação pública do país”.
O Plano de Carreira é bacana. Um amigo meu que trabalha como professor do município fez os cálculos: se ele fizer tudo o que manda o Plano do Beto e da Eleonora, ele pode alcançar o topo de seu salário em 85 anos de exercício do magistério!
Assim é o Beto. Um governador democrático, eficiente e, segundo algumas meninas, charmosão! Em breve, meus comentários sobre a Marina Silva...

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